Ele chega
às vezes em silencio, outras vezes barulhento, não raro, violento. É impossível
escapar desse vilão sem um arranhão, ou pelo menos com uma dor profunda na
alma; se é que o corpo também não sofra as consequências...
Atribuir
sorte, ou falta dela para escapar desse infame é quase utópico. Na vida experimentamos sabores bons e ruins, mas
nenhum deles é mais amargo que ter os sonhos roubados; ou parte deles... Às
vezes é a interrupção de uma vida que sequer teve o direito de lutar pela
vida... Outras vezes é um filho crescido que “parte” atraído pelo tapeador que
defrauda ideais.
Não
diferente é a perda do sorriso largo, a presença de lágrimas abundantes que
escorrem pelo rosto; o casamento que naufragou no barco do roubador de felicidade,
enfim, são tantos ladrões de sonhos que as cadeias dos sentimentos jamais
abrigariam tantos “delinquentes” que nos assaltam no dia a dia de nossos
anseios...
Sonhos
são simplesmente imagens que nascem em nossos corações e se materializam com nossas
atitudes, nos proporcionando prazer em viver.
Vigiar
é preciso, pois o trapaceiro de nossas aspirações não dorme, ele escolhe suas
vítimas; ele ataca todos àqueles que têm um sonho para viver...
Cristina Barros Guariento
Abril/2013