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quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

Tempo...





Cristina Barros Guariento
Dez/2011


Tempo e vento
Vento lento,
Carrega os momentos,
Tempo... Só o tempo.
Dispersa o lamento
Vai o martírio,
Sufocando as circunstâncias.
Tempo que vai,
E vem...
Carregando a vida,
Percorrendo a via...
De um lado para o outro
Embalando sonhos
Distribuindo fábula
Fazendo vida...
Ser vivida.
Aguardar o tempo
O seu próprio tempo.





sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

Nostalgia






A tarde se despede...
Nostalgia sem clemência 
Meus pensamentos se confundem
As lembranças desfilam na minha mente
O aroma do tempo desperta a melancolia da hora.
Eu ensaio esquecer a despedida
Meu coração enternece.
A estrada da vida parece longa
Prefiro parar no apoio do momento
E acalentar meu pranto sem constrangimento,
Minha alma frágil lamenta.
Percebo-te longe e fraquejo,
Tento pronunciar teu nome
Meu coração cala na trilha
Sem rumo para encontrá-lo,
Meu amor desfalece...
Meus sentimentos arcam
A coragem brota para afrontar
Meu olhar birra em te buscar,
Extenso é o caminho, mas...
Meu amor vai chegar...
Não sei de qual lugar.

Cristina Barros Guariento
Dez / 2011

quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

Saudade e Encontro






Segredos vêm
Palavras soam
Olhos se cruzam
Corações se unem

Lábios sussurram
Emoções ressoam
Pensamentos viajam
Mãos que tocam

Lágrima que rola
Sentimento controla
Saudade perdurada
Desejo ansiado

Aspirado retorno
Eterna Esperança
Receio alongado
Encontro destinado

Cristina Barros Guariento

quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

Estação Saudade





Céu e estrelas
Brisa suave
Estação parou
Emoção abordou

O momento mudou
A luz clarificou
É noite chegando
Silencio aproximou...

Distante do tempo
Alguém já chegou
Sem esconder o anseio
O coração clamou

A lembrança invade
Ilusão é maldade
Audaciosa saudade
Percorre a cidade...

Cristina Barros Guariento
Dez/2011




quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

Pensamentos & Devaneios





Com os pés fincados no chão e a cabeça nas nuvens, eu inicio um passeio pela estrada da imaginação. Meus pensamentos percorrem córregos e mares. Correm pelo planeta em busca de compreender a essência das minhas escolhas nem sempre acertado; frequentemente equivocadas. Numa velocidade inexplicável, é possível mudar os rumos que os próprios ditados desarrumam, contextualizando o cenário que me encaixo. Imagens refletindo os dissabores e sabores do abismo da desilusão: companheira constante na viagem por estradas solitárias. Ainda passeando pelos devaneios do meu “Eu” quase estático, devido à frieza da alma que por culpa do coração insensato, fiquei à mercê do frio nas montanhas do incerto. As nuvens parecem aproximar-se mais rapidamente da realidade dos meus conceitos, transportando-me de repente para a lucidez de um ser humano que procura a porta de saída da caverna do amor sufocado, prensado, e negado. Sem perceber muito da realidade que se faz recente, é provável que a probabilidade de encontrar naquele deserto uma canoa para cruzar o lago da tristeza seja quase nula, todavia, há uma sintonia da razão e emoção que despertam para a mesma direção: vai passar por ali sem data prevista e horário marcado, o barco que transportará meu ser para o outro lado da civilização sentimental, onde certamente o amor e eu nos encontraremos... Esperar é preciso, pois o amor quer ser amado.

Cristina Barros Guariento
Dez/2011



terça-feira, 6 de dezembro de 2011

A Lua sofrendo de Saudade





Nas trilhas da lua percorre-se o caminho do sol. É exatamente no período do crepúsculo que os dois solitários podem aproximar-se um do outro por um breve momento. É quase um encontro, um toque. Não há acalento que o vento possa proporcionar que desperte a lucidez dos dois seres, que em raros momentos buscam intimidade após tanto sofrimento... A dor da ruptura. Sim, pois o sol e a lua demasiadamente sem rumo rumam para um novo destino, cada um para seu lado. Desperdício, pois na cumplicidade dos momentos, a brisa avisa sua despedida deixando o céu amarelado, e enquanto o astro se despede do tempo com seus raios alaranjados, esbanjando saudade, sua amada lua brilha com a esperança de novo encontro nos seus desencontros.


Cristina Barros Guariento
Dez/2011


quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

Esperança






“Bom é ter esperança e aguardar em silêncio a salvação do Senhor”. (Lm 3.26).

Quanto vale esperar? No versículo acima temos três conselhos a serem seguidos. Ou talvez dicas, para aqueles que condenam os conselhos.
Esperança... Ato de se esperar o que deseja. Expectativa. É o que diz o dicionário. Mas vai além de tudo isso. É algo que jamais morre, apesar de dizerem por aí que “a esperança é a última que morre”. Ela vive nos corações daqueles que acreditam no improvável, e, esperam com expectativa nas providências divinas.
Aguardar... Estar à espera de; esperar. Também palavras do Mini Aurélio. Arrisco-me a dizer que aguardar é algo além de esperar, é ficar estático algumas vezes olhando de um lado para o outro sem saber que rumo tomar... Situação difícil, se não fosse saber de quem estamos aguardando o tão esperado desejo. Com perspectiva sigo confiando no Senhor!
Silêncio. Estado de quem se cala. Nem vou seguir as instruções do dicionário, estou satisfeita com esta definição. Calar não é fácil, mesmo quando estamos esperançosos e aguardando no Senhor. Silenciar a voz do coração é demasiadamente difícil. Quieto. É como se a folha seca que rola com o vento parasse por instantes numa calçada qualquer e dormisse ali mesmo. O silêncio nos submete a entrega. Quando silenciamos significa confiarmos nossa esperança aguardando em silêncio as providências do Pai.
Posso afirmar que é muito difícil a arte de Esperar, Aguardar e Silenciar. Mas tenho convicção de que Deus trabalha no turno da noite de nossas noites traiçoeiras, que muitas vezes nos roubam a esperança nos submetendo ao frio do desespero, e quebrando o silêncio do trabalhar de Deus em nossas vidas.
Faço um convite: vamos aguardar em silêncio a salvação?!

Cristina Barros Guariento
Dez/2011