Nas trilhas da lua percorre-se o caminho do sol. É exatamente no período do crepúsculo que os dois solitários podem aproximar-se um do outro por um breve momento. É quase um encontro, um toque. Não há acalento que o vento possa proporcionar que desperte a lucidez dos dois seres, que em raros momentos buscam intimidade após tanto sofrimento... A dor da ruptura. Sim, pois o sol e a lua demasiadamente sem rumo rumam para um novo destino, cada um para seu lado. Desperdício, pois na cumplicidade dos momentos, a brisa avisa sua despedida deixando o céu amarelado, e enquanto o astro se despede do tempo com seus raios alaranjados, esbanjando saudade, sua amada lua brilha com a esperança de novo encontro nos seus desencontros.
Cristina Barros Guariento
Dez/2011
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