Com os pés fincados no chão e a
cabeça nas nuvens, eu inicio um passeio pela estrada da imaginação. Meus
pensamentos percorrem córregos e mares. Correm pelo planeta em busca de
compreender a essência das minhas escolhas nem sempre acertado; frequentemente equivocadas.
Numa velocidade inexplicável, é possível mudar os rumos que os próprios ditados
desarrumam, contextualizando o cenário que me encaixo. Imagens refletindo os
dissabores e sabores do abismo da desilusão: companheira constante na viagem por estradas
solitárias. Ainda passeando pelos devaneios do meu “Eu” quase
estático, devido à frieza da alma que por culpa do coração insensato, fiquei à mercê do frio nas montanhas do incerto. As
nuvens parecem aproximar-se mais rapidamente da realidade dos meus conceitos,
transportando-me de repente para a lucidez de um ser humano que procura a porta de saída da caverna do amor sufocado, prensado, e negado. Sem perceber muito da realidade que se faz recente, é
provável que a probabilidade de encontrar naquele deserto uma canoa para cruzar
o lago da tristeza seja quase nula, todavia, há uma sintonia da razão e
emoção que despertam para a mesma direção: vai passar por ali sem data
prevista e horário marcado, o barco que transportará meu ser para o outro lado
da civilização sentimental, onde certamente o amor e eu nos encontraremos... Esperar
é preciso, pois o amor quer ser amado.
Cristina Barros Guariento
Dez/2011
Cristina Barros Guariento
Dez/2011
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