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sexta-feira, 30 de março de 2012

Chorar...







Cristina Barros


Chorar dói...
Chorar molha sentimentos
Acabrunha momentos
Desnuda a alma
Entedia a saudade...
Chorar embaça os dias,
Chorar cala a melodia
Consterna a alegria
Debela a harmonia...
Chorar também alegra,
Quando alguém alega
O valor da lágrima que cai
Sem ter dor do ai.
Chorar também expressa
O passo de quem tem pressa
Quando invoca a Deus com prece
Para o choro logo passar...
Chorar é viver a prévia da alegria
Que se espera um dia
Ser feliz na arte de amar.
Chorar é calar as palavras...

quinta-feira, 29 de março de 2012

Vento...








Cristina Barros



Vento que sopra
Levando embora
O que sobra
Sem demora

Vento que teima
Arranca a telha
Descobrindo a vista
Da grande mangueira

Vento forte
Que vem do norte
Trazendo sorte
Daquele que crer

Vento frio
Desperta desejo
Desnuda a saudade
Quando te vejo.

quarta-feira, 28 de março de 2012

O pássaro e o dia nublado












Cristina Barros



O dia acorda adormecido
Está nublado,
As nuvens estão querendo chorar
Talvez de saudade dos tempos antigos
Quando não havia poluição,
Os pássaros percebem o tempo
Fazem revoadas e anunciam
A liberdade que Deus lhes proporciona,
Já é tempo das lágrimas caírem do céu
As nuvens choram...
Quem dera fôssemos como as aves
Que na tempestade correm para seus ninhos
Com a liberdade da alameda
Se não fosse por um detalhe:
Os tempos mudaram,
Já não existem galhos
Apenas o abrigo para o orvalho,
O bem-te-vi vê o tempo
E contra o momento procura o ninho
Com a liberdade integral,
Ele acasala e casa, na habitação do caminho...
O dia começa com um passarinho.

sexta-feira, 23 de março de 2012

Espelho de uma história







Eu, você e as letras...
O teclado, o telefone e o tempo,
A vida, o sonho e um desejo...
À distância ilustrando o contexto,
Um toque de esperança,
Confortando as letras molhadas
Respingadas de saudade
Como o orvalho na madrugada.
Eu, você e a noite...
A saudade é traiçoeira
Sugerindo desencontro,
Ameaçando o caminho
No alvorecer da vida
Eu, você e a expectativa...
É a espera.
Eu, você, nós...

Cristina Barros Guariento
Mar/2012


terça-feira, 20 de março de 2012

Eu, minhas fases e a Lua










Cristina Barros



Amanheci querendo viver o novo,
Possivelmente inovar meu ser.
Sobrevivo dos sonhos que vislumbram o futuro,
Novidade de vida além dos acontecimentos diários,
Vivendo cada detalhe escondido nos meros detalhes
Acordei pensando, falando pra minha alma,
Que com alguma calma ouve calada
Aquilo que imprime a mensagem.
Minha condição feminina me impõe leveza,
Às vezes inatingível ao meu ser de mulher,
Evidenciando sentimentos
Em meus devaneios.
Amanheci mais mulher; menos egoísta.
Menina tentando viver; aprendendo amadurecer.
Fluí meu retrato interno
Externo implexo para compreendê-lo
Íntimo demais, mas prefiro não escondê-lo.
Sou as fases da lua...
Desvendando palavras nuas,
Demonstrando a saudade tua
Pensando na reação
Ao externar meus sussurros com fala muda,
Assim sendo despeço-me de ti...
Hoje minha alma é lua
Sou tua...

segunda-feira, 19 de março de 2012

A saudade encontra você






E por falar em saudade,
Eu deixo a cidade
Percorrendo vias;
Sob a chuva fina
Que balança o tempo
No relento da vida
Molhando as lembranças
Que carregam os fardos.
E pelas curvas do tempo
As lembranças escorregam
Para encontrar à tarde
Seguindo a viagem
Perseguindo a saudade
No cair do dia...
Saudosa nostalgia
Vai junto à viagem
Para outra cidade
Seguindo meu ser
E encontrar você!

Cristina Barros Guariento
Mar/2012

sábado, 10 de março de 2012

O Desconhecido






Embaçando a solidão
Encontrei você,
Foi sem querer.
Parei por um instante,
E naveguei...
No tom dos teus olhos
Foi quando,
Parei na tua boca
E sem palavras
Fluí pelo teu olhar,
Arriscando encontrar
O teu início...
Desperdício,
Pois sem saber por onde,
Agora quero encontrá-lo
Em algum lugar
Para abraçá-lo
E sussurrar...
Encontrei você

Cristina Barros Guariento
Mar/2012


sexta-feira, 2 de março de 2012

Vale esperar?







Cristina Barros



Quanto vale amar você
Mantê-lo em meu aconchego
Guardá-lo em meu coração
Escondê-lo nas minhas lembranças
Persistir em tê-lo...
Observá-lo em meu desejo
Cultivando a liberdade
Controlando a saudade
Deixando passar o tempo...
Contemplando um olhar sem medo
Jogando fora o desespero
De não mais vê-lo...
Esquecendo àquela hora
Que partiu, foi embora
Num eterno e unido abraço...
Por um breve instante
Percebi a essência do seu amor
Arquivando o sabor do seu beijo
Na despedida do sol
Daquele momento.
O amor é forte e vence a morte
Me vale esperar eternamente por você.