Cristina Barros
Já está
tarde, o silêncio da noite se confunde com o sigilo do meu coração, e, parece
parar tudo. As forças em uma forma de externar, que não suportam mais lutar escondem-se
no turbilhão de pensamentos, são intensos... Adormeço com a alma encharcada das
lágrimas que meus olhos não relutam mais em deixá-las rolar; meu coração está
nadando no mar da saudade impulsionado a alcançar o barco que o levará à cidade
chamada felicidade.
O alvorecer avisa
que chegou por uma fresta na janela; posso observar o balanço das árvores
causado pelo vento... A brisa parece querer acalentar meu coração já sofrido e
cansado de tanto flutuar nas águas profundas, com correntezas de incertezas que
querem afogar meu ser.
Debruço-me
na janela para observar o horizonte e suas curvas peculiares que proferem em
meu coração cansado, um novo rumo, uma nova alameda.
Tudo recomeça
talvez sem pressa, ou apressando o passo para alcançar o “inalcançável” destino
sonhado, pois a estrada da vida é longa e há muito a ser percorrido pela via de
mão única. A dor de um sonho frustrado só tem sua agonia minorada quando a alma
é encorajada a seguir sem olhar para trás... Como conseguir?
Nenhum comentário:
Postar um comentário